Seria um sonho, aquela noite errante?
Diz-me, ó doce instante...
Foi real, bem sei, não me enganei...
oh! não me negues... confessa ao luar,
Ao vento a soprar,
O quanto por ti penei!
Passava a lua pelo azul do espaço,
No teu regaço
A namorar o alvor...
Como era tema no seu brando lume,
Tive ciúme
De ver tanto amor.
Diz-me a lua, que viu teu olhar,
Diz-me o vento, a soprar sem cessar,
Diz-me o tormento, cruel e fiel,
Que por teu amor, vivi meu papel.
Mas o tempo, traiçoeiro e veloz,
Levou tua voz
E o que havia entre nós.
E agora, quando na montanha o vento
Geme lamento
De infinito ardor,
Buscando em vão te escutar as juras...
Não mais venturas...
Só me resta a dor.
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