Os olhos são as janelas da alma,
Por onde escapa a luz mais calma.
Ali repousa, serena e verdadeira,
A essência sutil, oculta e inteira.
Onde o brilho silencia a dor,
E o silêncio traduz o amor.
A alma ousa, mesmo sem dizer,
Transparecer o que não se pode esconder.
Em seu fulgor, segredos adormecem,
Desejos velados que os olhos tecem.
Histórias profundas, de traços gentis,
Que apenas o sensível vê nos detalhes sutis.
Na pupila, o reflexo do universo,
Ecoando sonhos num olhar disperso.
Cada piscar, um verso que se vai,
Cada lágrima, uma verdade que cai.
Na profundidade desse mirar sereno,
Há um mundo simples, puro e ameno.
Pois quem aprende a olhar sem pressa,
Enxerga o que o coração confessa.
Agradeço, com admiração e carinho, à nobre poetisa Rose Ag,
cuja inspiração foi a centelha desta obra.