No frio da madrugada,
a solidão me apavora...
O silêncio já me conhece,
e o vazio me consola.
Saio à noite e perambulo,
os postes me vigiam distantes.
As ruas já não têm cor...
caminho entre sombras errantes.
O termômetro marca 14 graus,
meu coração segue sombrio.
Sem ninguém ao meu lado,
só eu, meu peito... e o frio.
O frio toma a rua,
o silêncio é um tormento,
sem lamento ou ternura
volto pra casa... meu alento.
E nesse instante gelado,
na penumbra que não me esquece,
sou só mais um ser calado
que na noite, enfim... me adormece.