Houve um tempo na minha vida em que eu era bastante extrovertido...
Fazia as pessoas rirem, se sentirem bem. Ninguém ficava triste perto de mim.
Passei por situações em que as pessoas começavam a rir só de olhar para mim.
“O que foi?” ... eu perguntava, meio sem entender.
“É que você é engraçado...” respondiam.
E isso não aconteceu só uma vez. Aconteceu várias vezes.
Até hoje, ainda acontece. Outro dia, uma menina me surpreendeu.
Me entregou um papel e disse que havia me desenhado.
Olhei o desenho... e realmente, era eu. Fiquei surpreso, agradeci e guardei.
Não sei exatamente o porquê disso... talvez eu seja diferente dos iguais.
Já parei pra pensar sobre isso.
Cheguei à conclusão de que sou diferente de tudo....
diferente de todos, diferente dos diferentes...
diferente dos iguais.
Na verdade, sou único.
Os caminhos que trilhei, as jornadas que enfrentei, os perigos que já passei...
Essa soma só a mim pertence. Só eu vivi.
Aquela fase do cara extrovertido passou.
Em algum momento, precisei tocar a vida do meu jeito,
sem tentar agradar mais ninguém.
Fazer o que eu quero o tempo todo não é egoísmo....
É liberdade!
É entender que a vida é curta demais pra viver sufocado pelas vontades alheias.
Agora vivo a fase do silencio
não busco aplausos. Não busco aprovação.
Busco a paz e a liberdade
Hoje, apenas sigo o meu caminho.
Sigo tentando ser gentil. Mas sigo por mim.
Tento ser educado com todos...
E sigo.
E isso, só isso , já é revolução.